terça-feira, 25 de julho de 2017

Lista deputados e senadores que devem milhões de reais para a Previdência Social e querem tirar aposentadoria do povo

Lista deputados e senadores que devem milhões de reais para a Previdência Social e querem tirar aposentadoria do povoEnquanto debatem o fim da aposentadoria do povo, deputados federais e senadores estão associados a empresas que devem R$ 372.000.000,00 ao INSS.
Segundo levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, 73 deputados e 13 senadores estão ligados a grupos devedores da previdência – 1 em cada 7 congressistas.
Veja abaixo a dívida relacionada a cada congressista pela procuradoria:
SENADOR                                        VALOR
FERNANDO COLLOR (PTC/AL) R$ 112.448.209,98
JADER BARBALHO (PMDB/PA) R$ 36.282.667,34
CIDINHO SANTOS (PR-MT) R$ 3.240.797,02
ACIR GURGACZ (PDT-RO) R$ 1.259.023,77
ATAÍDES OLIVEIRA (PSDB-TO) R$ 649.947,80
THIERES PINTO (PTB-RR) R$ 319.331,68
ROBERTO ROCHA (PSB-MA),, R$ 165.002,62
DAVI ALCOLUMBRE (DEM-AP) R$ 145.133,57
JOSÉ AGRIPINO (DEM-RN) R$ 127.210,47
BENEDITO DE LIRA (PP-AL) R$ 67.684,65
VICENTINHO ALVES(PR-TO) R$ 33.187,50
DEPUTADO FEDERAL                   VALOR
MARINALDO ROSENDO (PSB / PE) R$ 105.305.994,24
ELCIONE BARBALHO (PMDB/PA) R$ 36.191.126,31
ALFREDO KAEFER (PSL/PR) R$ 24.087.425,97
NEWTON CARDOSO JUNIOR (PMDB/MG) R$ 20.160.351,66
GIUSEPPE VECCI (PSDB / GO) R$ 10.166.893,32
ADEMIR CAMILO (PODE / MG) R$ 2.921.920,68
JULIO LOPES (PP/RJ) R$ 1.729.078,76
FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR (PDT/BA) R$ 1.639.778,96
CELSO RUSSOMANNO (PRB/SP) R$ 1.569.045,57
GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE) R$ 1.481.737,50
NELSON PADOVANI (PSDB/PR) R$ 1.326.376,67
CAJAR NARDES (PR/RS) R$ 892.569,60
JOÃO GUALBERTO (PSDB/BA) R$ 840.080,16
JHC (PSDB/AL) R$ 798.501,44
PAULO FREIRE (PR-SP) R$ 698.415,51
DILCEU SPERAFICO (PP/PR) R$ 663.032,79
GUILHERME COELHO (PSDB / PE) R$ 612.054,83
DAMIÃO FELICIANO (PDT-PB) R$ 603.794,99
ROBERTO GÓES (PDT / AP) R$ 571.029,25
MÁRIO HERINGER (PDT / MG) R$ 325.619,42
WOLNEY QUEIROZ (PDT / PE) R$ 310.118,10
NELSON MEURER (PP / PR) R$ 284.281,14
MACEDO (PP / CE) R$ 238.594,15
REMÍDIO MONAI (PR / RR) R$ 230.738,99
ÁTILA LIRA (PSB / PI) R$ 225.373,94
JOÃO MARCELO SOUZA (PMDB / MA) R$ 216.135,33
ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PPS / BA) R$ 213.033,11
JÚLIO CESAR (PSD / PI) R$ 180.940,21
SILVIO TORRES (PSDB/SP) R$ 180.126,05
BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB / MG) R$ 174.685,85
MILTON MONTI (PR/SP) R$ 171.598,69
RAQUEL MUNIZ (PSD/MG) R$ 169.285,47
KEIKO OTA (PSB/SP) R$ 167.288,59
CESAR SOUZA (PSD /SC) R$ 163.700,93
ALEXANDRE VALLE (PR/RJ) R$ 117.420,91
ANTONIO BRITO (PSD/BA) R$ 114.546,76
DR. SINVAL MALHEIROS (PODE/SP) R$ 98.643,42
ROBERTO BALESTRA (PP/GO) R$ 95.420,29
ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT/CE) R$ 90.540,81
JOZI ARAÚJO (PODE/AP) R$ 76.755,92
JANETE CAPIBERIBE (PSB/AP) R$ 74.985,88
ARTHUR LIRA (PP/AL) R$ 67.684,65
LUCIO MOSQUINI (PMDB-RO) R$ 66.748,61
LUANA COSTA (PSB/MA) R$ 62.648,50
MAIA FILHO (PP/PI) R$ 61.934,42
MARCELO ÁLVARO ANTÔNIO (PR/MG) R$ 57.041,10
PEDRO VILELA (PSDB/AL) R$ 53.858,82
CABUÇU BORGES (PMDB/AP) R$ 52.499,05
JOSÉ PRIANTE (PMDB/PA) R$ 49.754,93
MARCO FELICIANO (PSC/SP) R$ 47.582,69
BETO MANSUR (PRB/SP) R$ 39.217,72
RÔNEY NEMER (PP/DF) R$ 33.221,18
VICENTINHO JÚNIOR (PR/TO) R$ 33.187,50
JOVAIR ARANTES (PTB/GO) R$ 30.217,68
IZALCI LUCAS FERREIRA (PSDB/DF) R$ 28.897,18
RONALDO FONSECA (PROS/DF) R$ 28.372,10
PEDRO CUNHA LIMA (PSDB / PB) R$ 24.361,37
FELIPE MAIA (DEM/RN) R$ 19.956,18
FÁBIO MITIDIERI (PSD/SE) R$ 19.481,09
MISAEL VARELLA (DEM/MG) R$ 16.929,78
BENJAMIN MARANHÃO (SD/PB) R$ 14.047,59
ONYX LORENZONI (DEM/RS) R$ 12.114,96
AUREO (SD/RJ) R$ 9.490,25
DEOCLIDES MACEDO (PDT/MA) R$ 8.365,85
EZEQUIEL TEIXEIRA (PODE/RJ) R$ 4.616,88
FÁBIO FARIA (PSD/RN) R$ 3.474,10
FABIO GARCIA (PSB/MT) R$ 3.186,84
DANRLEI DE DEUS HINTERHOLZ (PSD/RS) R$ 2.324,60
ZECA CAVALCANTI (PTB/PE) R$ 2.173,00
CARLOS MANATO (SD/ES) R$ 1.956,23
As empresas presentes no levantamento têm parlamentares como sócios, presidentes, fundadores ou administradores. Casos em que os CNPJs estão vinculados aos CPFs dos congressistas. Entre elas, há redes de televisão e rádio, hotéis, frigoríficos, companhias siderúrgicas e até diretórios de partidos políticos. Outras empresas também devem para a Pridência.
Entre os devedores, 4 senadores e 11 deputados têm empresas que somam dívidas superiores a um milhão de reais.
O líder do ranking é o senador Fernando Collor (PTC-AL). O ex-presidente está associado a cinco empresas que devem R$ 112 milhões, todas elas atuam no ramo de comunicação. A TV Gazeta, retransmissora da TV Globo, tem Collor como sócio e deve R$ 46 milhões ao INSS. Segundo o governo, a Previdência está com déficit.
A assessoria de imprensa do senador afirmou, por e-mail, que “o Senador não participa diretamente da gestão das empresas de comunicação de sua família, mas acompanha os esforços da diretoria para, mesmo diante do quadro de grave retração econômica, assegurar a continuidade da atividade e garantir o emprego de funcionários, ainda que sacrificando momentaneamente a pontualidade no cumprimento de algumas obrigações de natureza fiscal”.
Entre os deputados federais, a maior dívida é de Marinaldo Rosendo (PSB/PE), com R$ 105 milhões. Somente a PR Distribuidora de Bebidas e Alimentos, da qual ele é sócio, deve R$ 99 milhões ao INSS.
Rosendo não retornou os e-mails e ligações da reportagem. A Repórter Brasil enviou mensagens e ligou para o gabinete de todos os deputados federais e senadores com dívidas superiores a R$ 1 milhão.
O senador Cidinho Santos (PMDB-MT) informou por e-mail que a dívida de R$ 3,2 milhões foi parcelada e está sendo paga. Ele diz ainda que está afastado da administração das empresas desde que assumiu o mandato.
O deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR), associado a cinco empresas que devem R$ 24 milhões, alega que as dívidas são fruto de um erro judicial. Segundo ele, uma de suas empresas entrou em falência e teve os efeitos das dívidas estendidos a outras companhias. “Foi um ato arbitrário de um juiz, depois anulado pelo Superior Tribunal de Justiça”. Ele diz estar aguardando a reintegração dos proprietários para parcelar a dívida.
Na mesma linha, o deputado Newton Cardoso Junior (PMDB-MG) disse, por meio de sua assessoria, que “é um direito de qualquer cidadão discutir na justiça tributos considerados cobrados indevidamente”. Embora declare não mais atuar na direção das empresas devedoras, ele consta como fundador e administrador de seis grupos – entre eles um hotel e uma companhia siderúrgica – que acumulam dívida de mais de R$ 20 milhões com o INSS.
O deputado Celso Russomanno (PRB-SP) informou que a dívida de R$ 1,6 milhão referente ao Bar e Restaurante do Alemão está parcelada e sendo paga. Ele disse acreditar que em 60 meses os débitos estarão quitados. Russomano alega que o empreendimento foi fechado e que era sócio minoritário do restaurante, detentor de 20% do negócio.
Os outros deputados federais e senadores procurados não responderam à reportagem.
As dívidas contabilizadas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional incluem aquelas consideradas como em “situação regular”: foram parceladas, suspensas por decisão judicial ou garantidas de alguma forma pelo devedor. Além das cobranças em andamento sem nenhum tipo de garantia, consideradas como em “situação irregular”.
Apesar dos parlamentares localizados alegarem que suas dívidas estariam em situação regular, 75% do total devido está em situação irregular.
Há três principais maneiras de uma empresa entrar na dívida ativa da União como devedora da Previdência: quando ela não repassa a contribuição previdenciária do trabalhador ou do empregador ao INSS ou quando ela paga essas contribuições sobre um valor inferior ao salário real.
Os dados foram consolidados pela procuradoria em abril deste ano, e foram obtidos através do portal da Controladoria-Geral da União, onde são disponibilizados todos os pedidos de acesso à informação feitos ao Executivo Federal e suas respostas. (Do Repórter Brasil)
Fonte Carta Campinas

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Governo Temer/PSDB gasta R$ 60.000.000,00 com propaganda para reforma da Previdência para convencer tirar aposentadoria do povo

Dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Publicidade faz terrorismo e não explica detalhes da reforma
 04/07/2017 12h41 - atualizado às 19h38

Governo Temer/PSDB gasta R$ 60.000.000,00 com propaganda para reforma da Previdência,para convencer tirar aposentadoria do povo
governo golpista de Michel Temer gastou quase R$ 60.000.000,00 (60 milhões) em publicidade para tentar elevar a popularidade e ganhar aceitação da população sobre a reforma da Previdência. Os dados são oficiais, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
reforma da Previdência tramita no Congresso Federal por meio da PEC 287, mas foi rejeitada pela população. Desde o início do ano, foram inúmeras manifestações e greves contra o desmonte promovido por Michel Temer (PMDB). Segundo o Datafolha71% dos brasileiros rejeitam a proposta. Para tentar ganhar apoio, o governo lançou mão de campanha na televisão, rádios e outdoors – em plena crise fiscal. 

Para comparação, R$ 60 milhões é mais da metade do dinheiro que a Polícia Federal afirma necessitar para normalizar a emissão de passaportes  (R$ 103 milhões, segundo o jornal Folha de S. Paulo).
Segundo os dados do governo, até 23 de junho, a Secretaria de Comunicação gastou cerca de R$ 46 milhões com mídia (compra de espaço publicitário em veículos de comunicação), e cerca de R$ 2 milhões com a produção das propagandas sobre a reforma. O Ministério do Turismo também gastou R$ 4,6 mi com mídia, e R$ 166 mil em produção. E o Ministério do Esporte gastou R$ 6,6 mi com mídia e R$ 32 mil na produção. Ao todo, foram R$ 59,2 milhões.
O mote da publicidade governamental usa de “terrorismo”e afirma que se o sistema previdenciário não for reformado, ele quebra. A propaganda cita números questionados por alguns economistas por não considerar contribuições previstas na Constituição para financiar o sistema previdenciário. Além disso, ignora a informação de que a Previdência urbana só passou a ter déficit em 2016, após a crise econômica que impactou a arrecadação. De 2009 a 2015, o sistema previdenciário foi superavitário.
A publicidade governamental tampouco explica os detalhes da reforma. Por isso, foi questionada na Justiça. Ação coletiva de diversos sindicatos do Rio Grande do Sul pediu a suspensão da publicidade, por considerar que, ao contrário do que prevê a Constituição, a propaganda do governo não tem um caráter educativo, informativo ou de orientação social. Segundo a ação, ela visa apenas “angariar apoio popular a um projeto do Governo Federal – cujo teor não é divulgado nas peças”.
Segundo a peça,  a estratégia de comunicação do governo “baseia-se na difusão de medo, insegurança e incertezas na população”. O processo obteve vitória em primeira instância, e uma liminar pediu a suspensão da publicidade. Mas o STF acatou recurso da defesa e derrubou a decisão, liberando a propaganda.
“As peças publicitárias repetem frases de efeito e expressões como “rombo”, “a conta não fecha”, “vai quebrar”, “vai acabar”, impondo medo na população e, em verdade, promovendo a desinformação de quem assiste e/ou lê os anúncios, uma vez que ausentes quaisquer dados e informações concretos”, diz a ação.
Por Clara Roman, da Agência PT de Notícias