sábado, 1 de dezembro de 2018

BOLSONARO DESAFIA GUEDES E DIZ QUE REFORMA DA PREVIDÊNCIA MATA IDOSOS

Racha o projeto bolsonarista: presidente eleito disse nesta sexta-feira (30) que a reforma da Previdência nos moldes propostos atualmente seria matar idoso; "Essa que está aí não está sendo justa no meu entender. Não podemos querer salvar o Brasil matando idoso", disse ele; proposta defendida pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, é ainda pior do que a proposta pelo governo de Michel Temer; Guedes defende um regime de capitalização na previdência, nos moldes implantados pelo Chile durante a ditadura de Augusto Pinochet, que tem provocado alto número de suicídios de idosos
BOLSONARO DESAFIA GUEDES E DIZ QUE REFORMA DA PREVIDÊNCIA MATA IDOSOS

247 - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (30) que a reforma da Previdência nos moldes propostos atualmente seria matar idoso. "Essa que está aí não está sendo justa no meu entender. Não podemos querer salvar o Brasil matando idoso", disse Bolsonaro, durante visita a um centro católico no interior de São Paulo,
A proposta defendida pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, é ainda pior do que a proposta pelo governo de Michel Temer. Guedes defende um regime de capitalização na previdência, nos moldes implantados pelo Chile durante a ditadura de Augusto Pinochet, que tem provocado alto número de suicídios de idosos.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Bolsonaro quer acabar com as aposentadorias, mas Novo Congresso deve R$ 660.000.000,00 à União. Veja quem são os 15 maiores devedores


Bolsonaro quer acabar com as aposentadorias, mas Novo Congresso deve R$ 660.000.000,00 à União. Veja quem são os 15 maiores devedores
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (26) informa que parlamentares que vão começar o mandato em 1º de fevereiro de 2019 devem R$ 660,8 milhões à União. Mais de 90% desses débitos são de apenas 15 congressistas, inscritos em seus CPFs ou em nome de empresas. Os dados, elaborados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), foram obtidos pelo jornal por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Do passivo total, R$ 328,9 milhões estão em “situação irregular” porque não fazem parte de nenhum tipo de refinanciamento, enquanto outros R$ 331,9 milhões estão parcelados. Segundo o Estadão, entre os maiores devedores, há defensores de um novo Refis (programa de refinanciamento de dívidas tributárias) com generosos descontos.
As maiores dívidas são atribuídas a empresas do senador Jader Barbalho (Golpista) (MDB-PA), que responde por R$ 135,4 milhões em débitos, e sua ex-mulher, a deputada Elcione Barbalho (MDB-PA), com R$ 117,8 milhões em pendências de companhias das quais é sócia. Os dois informaram ao jornal que não têm débitos como pessoas físicas junto à Receita Federal e que as dívidas das empresas já estão refinanciadas no último Refis ou estão em discussão judicial.
O último Refis teve o prazo de adesão concluído no fim de 2017 e concedeu descontos de até 90% nos juros e 70% nas multas, após forte pressão de parlamentares que tinham débitos com a União.
Os 15 maiores devedoresParlamentar - dívida de empresa ou pessoa física (R$)
Jader Barbalho  (MDB) (senador) - 135,4 milhões
Elcione Barbalho (MDB-PA) - 117,8 milhões
Newton Cardoso Jr. (MDB-MG) - 88,3 milhões
Pedro Westphalen (PP-RS) - 73,5 milhões
Wilson Santiago (PTB-PB) - 44 milhões
Professor Alcides (PP-GO) - 35,2 milhões
Vermelho (PSD-PR) - 35 milhões
Luciano Bivar (PSL-PE) - 27,3 milhões
Giacobo (PR-PR) - 17 milhões
Haroldo Cathedral (PSD-RR) - 11 milhões
Eduardo Girão (Pros-CE) (senador) - 10,5 milhões
João Bacelar (PR-BA) - 9,6 milhões
Júlio César (PSD-PI) - 7,3 milhões
Professor Oriovisto (Podemos-PR) (senador) - 5,5 milhões
Celso Russomanno (PRB-SP) - 3,3 milhões
Fonte: PGFN/Estadão
Presidente do partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE) aparece na lista vinculado a R$ 27,3 milhões em dívidas de três empresas. Bivar afirma que não é mais sócio de uma das empresas e não possui “qualquer responsabilidade pelos débitos eventualmente existentes”.
O ministro extraordinário da transição, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), aparece em 36º na lista de devedores, com um passivo de R$ 604 mil inscrito em nome de duas empresas, ambas com parcelamento ativo junto à União. Onyx disse que as companhias estão em dia com os pagamentos e que o Refis foi uma forma de “ajudar empresários em dificuldades”. “

terça-feira, 20 de novembro de 2018

MODELO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA DE BOLSONARO FALHOU NO CHILE

Quase 40 anos após a reforma da Previdência, os baixos valores das aposentadorias e o fato de quase metade dos aposentados viverem abaixo da linha da pobreza são claras evidências de que o modelo não deu certo

Roberto Parizotti - CUT MODELO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA DE BOLSONARO FALHOU NO CHILE
Do 247  -Quase 40 anos após a reforma da Previdência, os baixos valores das aposentadorias e o fato de quase metade dos aposentados viverem abaixo da linha da pobreza são claras evidências de que o modelo não deu certo.

O sistema de capitalização da Previdência, que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) quer adotar no Brasil, falhou no Chile porque não cumpre com o objetivo básico de garantir aposentadorias dignas aos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
A capitalização da Previdência é como uma poupança pessoal do trabalhador.
Ele tem de depositar todos os meses um percentual do seu salário para conseguir se aposentar no futuro.
Se ficar muito tempo desempregado, fazendo bicos ou totalmente sem renda, nunca conseguirá se aposentar ou se aposentará recebendo até metade do salário mínimo do país.
No Brasil, o modelo de Previdência é chamado de repartição, ou seja, quem está no mercado paga os benefícios de quem já se aposentou e todos contribuem – trabalhador, patrão e governo – com um percentual para garantir a aposentadoria.
A capitalização não tem contribuição do empregador nem do Estado.
No Chile, depois de 37 anos que o ditador Augusto Pinochet implantou o modelo, cerca de 80% dos aposentados recebem menos de um salário mínimo (US$ 424) de benefício e quase metade (44%) está abaixo da linha da pobreza.
Os valores das aposentadorias correspondem a 33% do salário da ativa, segundo a Superintendência de Pensões do governo chileno. No caso das mulheres, o percentual cai para 25%. Um trabalhador que se aposenta ganhando US$ 700 por mês receberá US$ 231 de aposentadoria. A trabalhadora com o mesmo salário receberá US$ 175.
“No Chile, as Administradoras de Fundos de Pensão (AFPs), o coração do modelo neoliberal instaurado na ditadura chilena, que administram o dinheiro dos trabalhadores depositados nos fundos [a chamada capitalização], fracassaram”, afirmou Mario Reinaldo Villanueva Olmedo, representante do movimento popular chileno ‘No + AFP’.
“Esse é um sistema pensado para injetar recursos dos trabalhadores no mercado de capitais. As AFP pegam os recursos gerados pelos trabalhadores e passam para grandes grupos econômicos e donos de bancos”, diz Olmedo, que também é dirigente da Confederação Nacional de Profissionais Universitários dos Serviços de Saúde (Fenpruss).
Atualmente, os fundos de pensões no Chile alcançaram o montante de mais de US$ 210 milhões e somente três fundos de pensões dos Estados Unidos concentram 72,2% do total de ativos depositados pelos trabalhadores e trabalhadoras chilenos.
“E enquanto a rentabilidade média paga aos trabalhadores por terem tomado o nosso dinheiro é de 4%, a rentabilidade média sobre o patrimônio das grandes administradoras entre 2006 e 2015 foi de 25,4%”, diz o dirigente, citando o estudo de Fernando López, da faculdade de Economia e Negócios da Universidade Alberto Hurtado.
A situação está tão crítica que o movimento propõe um novo modelo de Previdência para o Chile o mais rápido possível, diz Olmedo que veio ao Brasil para participar do lançamento da campanha das centrais sindicais brasileiras contra a reforma da Previdência, e dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras sobre as dificuldades enfrentadas pelos aposentados quase 40 anos da adoção do modelo em seu país.
“Na época, durante a ditadura no Chile, não tivemos espaço e nem oportunidade de debater a proposta. O autoritarismo e a repressão típicos daquele governo facilitaram o processo de instalação das AFP’s no país”.
Os trabalhadores chilenos são obrigados a depositar ao menos 10% do salário nos fundos de pensões.
A idade mínima para mulheres é 60 e para homens, 65. Não há contribuições dos empregadores nem do Estado.
As pensões não são definidas, como nos casos dos sistemas previdenciários de redistribuição, mas dependem, exclusivamente, dos fundos acumulados nas contas individuais de cada trabalhador e da rentabilidade por eles obtida em investimentos no mercado de capitais.
Para se ter uma aposentadoria de $ 500 mil pesos chilenos, o equivalente a US$ 750 dólares, o trabalhador precisa ter acumulado $ 93 milhões, aponta o estudo elaborado pelo gerente de pesquisas da Associação de Administradoras de Fundos de Pensão, Roberto Fuentes Silva.
Entre janeiro e agosto de 2018, 102.481 pessoas se aposentaram no Chile com uma aposentadoria média de $ 153.742 (US$ 226) – os homens alcançaram, em média, $ 249.869 (US$ 367) e as mulheres $ 81.216 (US$ 120), de acordo com a Superintendência de Pensões.
Desemprego
Dados do total de trabalhadores e trabalhadoras associados ao sistema de capitalização (AFP) mostram que o desemprego afasta de milhões de pessoas a possibilidade de se aposentar no futuro.
Hoje, 10,7 milhões de pessoas fazem parte do sistema de capitalização da Previdência.
Desse total, apenas 5,4 milhões contribuem regularmente.
Isso porque, diz Mario Villanueva Olmedo, a instabilidade no emprego faz com que muitos trabalhadores sejam obrigados a deixar de contribuir por falta de renda.
“Com isso, um trabalhador contribui, em média, um semestre por ano”, afirma.
O tempo médio de contribuição de um trabalhador chileno, de acordo com os dados apresentados pelo dirigente, é de 17,9 anos, e as mulheres, que sofrem mais a discriminação salarial e ficam fora do mercado de trabalho devido à maternidade, é de 12,7 anos.
Pilar Solidário
Com o fracasso do modelo de capitalização e do aumento do número de aposentados em situação de miséria, o governo da ex-presidenta Michelle Bachelet teve de assumir a responsabilidade e criou, em 2008, auge da crise financeira mundial que atingiu fortemente as AFP’s, o chamado Pilar Solidário, que garante uma pensão básica a milhões de chilenos que vivem em condição de pobreza.
E enquanto as AFP’s pagam aposentadorias a 1.300.256 pessoas, o governo garante uma renda básica a 1.481.200 milhões de chilenos.
Mais de 586 mil, que correspondem aos 60% mais pobres, recebem a Pensão Básica Solidária (PBS) de $ 107.304 (US$ 158) e outros 894.899 recebem um Aporte Solidário (APS), uma espécie de complemento à aposentadoria, de $ 66.913 (US$ 98).
‘No + AFP’
Diante da situação de miséria e baixos valores recebidos pelos aposentados, o ano de 2016 foi marcado por grandes protestos no Chile liderados pelo movimento ‘No + AFP’, que foi criado em 2013 e reúne cidadãos e cidadãs chilenos, trabalhadores de diversas categorias, aposentados e jovens de todo o Chile em defesa de um novo modelo de Previdência.
Em 2016, durante as marchas nacionais, o movimento realizou um plebiscito de iniciativa popular com a participação de 1,72 milhão de pessoas e 96% dos entrevistados disseram que não querem mais os fundos de pensões chilenos (AFP).
A proposta alternativa do movimento, que cresce cada dia mais no país, consiste, basicamente, no retorno do modelo de repartição solidário com financiamento tripartite dos trabalhadores, empresários e Estado. Esse modelo seria responsável por substituir o sistema de capitalização individual das AFP’s.
Acesse a proposta completa que prevê soluções para a Previdência que abrange o período de 2019 a 2100.

sábado, 10 de novembro de 2018

Paulo Guedes tenta pressionar congresso pelo fim das aposentadorias e Eunicio se impõe:"Aqui ninguém dá prensa"



Presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), relata a conversa em tom ríspido que teve com o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia de Jair Bolsonaro (PSL); Guedes pressionou o presidente do Senado a aprovar a reforma da Previdência; "Orçamento não é importante, importante é aprovar Reforma da Previdência", contou o presidente da Casa; "Se vocês não aprovarem tudo aquilo que nós queremos esse ano o PT volta. Se aprovar a reforma o Brasil vai crescer a 6%, se não aprovar o Brasil não vai crescer, eu vou culpar vocês'", ameaçou Guedes; Eunício reagiu: "Aqui ninguém dá prensa. Aqui você convence, discute, ganha, perde, agora prensa ninguém vai dar em mim"
Paulo Guedes tenta pressionar congresso pelo fim das aposentadorias e Eunicio se impõe:"Aqui ninguém dá prensa"
247 - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), teve uma conversa em tom ríspido com o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PSL). 
Como relatou Eunício ao site BuzzFeed, Guedes pressionou o presidente do Senado a aprovar a reforma da Previdência e minimizou a importância sobre a aprovação do Orçamento do governo para 2019. 
"Ele olhou para mim e disse que orçamento não é importante, importante é aprovar Reforma da Previdência", contou o presidente da Casa. O senador diz ter lembrado o "Posto Ipiranga" de Bolsonaro que a aprovação do Orçamento é pré-requisito para o recesso parlamentar, estabelecido pela Constituição.
"Ele me disse: 'vocês não aprovam orçamento, orçamento eu não quero que aprove não'. Mas não é o senhor querer, a Constituição diz que só podemos sair em recesso após a aprovação." Guedes o teria cortado: "'Não, eu só quero Reforma da Previdência. Se vocês não fizerem vou culpar esse governo, vou culpar esse Congresso e o PT volta, e vocês vão ser responsáveis pela volta do PT."
A pressão de Paulo Guedes continuou. Pelo relato de Eunício, Guedes teria insistido com a história do PT voltar se a Reforma da Previdência não passasse. Segundo ele, Paulo Guedes subiu a aposta na conversa. "[Ele me disse:] 'se vocês não aprovarem tudo aquilo que nós queremos esse ano o PT volta. Se aprovar a reforma o Brasil vai crescer a 6%, se não aprovar o Brasil não vai crescer, eu vou culpar vocês'", contou.
O mal-estar aumentou depois da solenidade, quando Guedes disse aos jornalistas que a população tinha de dar uma "prensa" no Senado para votar a Previdência. "E ele foi lá para a porta (do Ministério da Fazenda) e disse que tem que dar uma prensa. Eu digo que aqui ninguém dá prensa. Aqui você convence, discute, ganha perde, agora prensa ninguém vai dar em mim", afirmou.
Na leitura de Eunício e senadores próximos, ao falar em "prensa", o ministro que ainda nem tomou posse estava querendo atropelar o Poder Legislativo, que é independente. "Enquanto eu for presidente ninguém diz aqui o que vamos fazer, quem diz aqui é o dedinho de cada um, que pode votar não, sim ou abstenção", disse.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Proposta para aposentadoria de Bolsonaro pode deixar trabalhador na miséria

Proposta para aposentadoria pode deixar trabalhador na miséria


O modelo neoliberal joga com todas as suas forças para modificar a previdência após as eleições deste domingo e para o início de janeiro de 2019. A equipe econômica de Jair Bolsonaro tem 10 propostas distintas de reforma da previdência. A principal delas é a adoção do sistema de capitalização.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Temer oferece a Bolsonaro colocar em votação reforma da previdência no período de transição

Golpista oferece a Bolsonaro colocar em votação reforma da previdência no período de transição“A primeira ideia que quero lançar é exata e precisamente de que o povo hoje exerceu seu poder”, assim abriu seu discurso de congratulação a Bolsonaro o golpista Michel Temer, que, depois de usurpar o voto de milhões para passar ataques a nossos direitos, ainda tem a audácia de falar em “poder do povo”. Numa eleição marcada pela manipulação do judiciário do início ao fim, Temer dá um recado claro a seu herdeiro e sucessor, o ultra-direitista Jair Bolsonaro: quer ajudá-lo a passar os ataques contra nossos direitos o mais rápido possível, a começar pela destruição de nossas aposentadorias.
Com uma cara lavada e a hipocrisia de quem desfruta de cerca de 5% de aprovação, Temer disse que o povo exerceu a “soberania” e, dizendo que cumprimentou Bolsonaro, afirmou que o ultra-direitista que recentemente afirmou que iria “varrer os vermelhos” e preder opositores, demonstrou querer a “harmonia” e a “pacificação” do país.
É bem simples compreender porque Temer que transmitir a imagem de um presidente “democrático” a Bolsonaro: ao falar da transição de governos – que inclui um livro de “realizações” de seu governo – o presidente golpista deu ênfase à reforma da previdência, dizendo: “Evidentemente, no instante em que nós possamos conversar, eu oferecerei a ideia de eventualmente podermos ainda fazer tramitar a reforma da previdência, já que ela está, digamos, formatada, pronta, para ser votada nos dois turnos na Câmara, e nos dois turnos no Senado Federal. Mas também, devo esclarecer e esclareço a todos que ela só irá adiante se evidentemente tiver o apoio do presidente eleito e da sua equipe. Se isso ocorrer eu acho que ainda é possível realiza-la neste ano, ou seja, a estrada estará inteiramente asfaltada para o próximo governo. (...) Se nós quisermos avançar, e se o presidente eleito quiser avançar, na proposta que está já pronta eu acho que dará tempo, teremos praticamente dois meses, quase dois meses pela frente.”
Veja a fala na íntegra:
A “generosa oferta” de Temer está longe de ser uma surpresa para quem acompanhou atentamente o programa de Jair Bolsonaro. Como voltou a ressaltar Hamilton Mourão hoje após votar, a destruição de nossas aposentadorias é uma prioridade para o governo eleito, e Bolsonaro quer ser a continuidade violenta dos ataque de Temer, querendo impor os ataques contra nossos direitos à força “acabando com o ativismo” dos trabalhadores que queiram combater seus planos.
Contudo, conforme pesquisa recente, apenas 37% dos eleitores de Bolsonaro apoiam a proposta da reforma da previdência. Será o primeiro choque de realidade de milhões de pessoas que, iludidas pela demagogia “anti-sistema” de Bolsonaro, verão a verdadeira cara de seu governo: um novo Temer, dessa vez apoiado pela caserna e por uma ideologia fascista.
Por isso, é fundamental nos organizarmos e colocarmos de pé comitês de luta em cada local de trabalho e estudo, irmos às ruas e não esperarmos um segundo para começar a combater os atraques de Bolsonaro e seu aliado Temer. Eles, como vimos no discurso do presidente golpista, não irão esperar.
Do esquediario



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Time econômico de Bolsonaro avalia usar reforma da Previdência de Temer



BRASÍLIA (Reuters) - O time econômico que está estruturando as propostas para um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL) segue vendo a reforma da Previdência como prioritária e quer aproveitar a proposta sobre o tema que está estacionada no Congresso, afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto, mesmo em meio à falta de coesão na campanha .
Em caso de vitória de Bolsonaro Reforma da Previdência pode ser retomada no final do governo Temer
Bolsonaro afirmou esta semana que a reforma apresentada pelo presidente Michel Temer não passa pelo aval dos parlamentares e que não pretende usá-la. Em outra frente, seu cotado para a Casa Civil, o deputado reeleito Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que o presidenciável, se eleito, não trataria do tema ainda neste ano.
Mas segundo a fonte, que falou à Reuters em condição de anonimato, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Temer, que já foi aprovada em Comissão Especial na Câmara dos Deputados, é considerada um passo “instrumental” para dar prosseguimento à inovação pretendida pela equipe: introduzir, posteriormente, a opção por um novo modelo de Previdência, de capitalização.
A ideia é que seja ofertada aos novos entrantes a escolha pelo novo regime ou pelo atual, de repartição, sendo que os que aderirem à capitalização contribuirão para suas contas individuais e serão beneficiados com redução dos encargos trabalhistas.
“Você precisa dar uma arrumada na velha para poder se lançar na nova. Porque senão você não consegue nem ter a nova e ainda estoura a velha”, disse a fonte, acrescentando ainda que a reforma do regime atual —em que os trabalhadores da ativa pagam pelos benefícios dos que se aposentam— é imprescindível para dar sustentabilidade à regra do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior.
A aprovação da reforma de Temer, que versa apenas sobre o regime atual, também não deixaria de representar um atalho para tratar de um problema que vem pesando sobre as contas públicas, mas que enfrenta forte resistência popular e parlamentar.
Encaminhada ao Congresso em dezembro de 2016, a proposta ganhou sinal verde de comissão na Câmara em maio do ano seguinte, mas viu sua análise ser paralisada dali em diante após o presidente exaurir seu capital político para barrar no Congresso denúncias por seu envolvimento no escândalo da JBS (JBSS3.SA
A falta de alinhamento no comando da campanha de Bolsonaro sobre a reforma mexeu com os mercados mais cedo nesta semana, refreando parte do otimismo que impulsionou a bolsa e guiou a queda do dólar após o ex-capitão do Exército passar ao segundo turno das eleições com ampla vantagem sobre seu opositor, o petista Fernando Haddad.
Apesar de posições estatizantes já expressas por Bolsonaro no passado, ele empunhou na disputa presidencial a bandeira de adepto ao liberalismo econômico, escola de seu guru econômico e indicado ao ministério da Fazenda, Paulo Guedes. Por essa razão —e pela falta de fôlego de outros candidatos de centro e de direita na corrida ao Palácio do Planalto— acabou sendo abraçado pelo mercado como o candidato das reformas.

LEGITIMIDADE

O deputado federal Major Olímpio (PSL), que é coordenador da campanha de Bolsonaro em São Paulo e senador eleito, afirmou à Reuters que não vê possibilidade de o atual Congresso aproveitar parte do texto da reforma da Previdência da gestão Temer que passou pela comissão especial, mesmo que o texto seja novamente alterado.

“A Câmara e o Senado de hoje não representam de fato a população, representam de direito porque têm mandato até o início de 2019”, disse Major, ao destacar que não vê “legitimidade” na composição atual das duas Casas Legislativas após o resultado das eleições que mostrou forte renovação nelas.
    Para Olímpio, mesmo que haja um fatiamento da discussão e adequação do projeto ao interesse de uma eventual gestão Bolsonaro, não haveria quem apoiasse isso em 2018. “Sendo pragmático porque eu conheço a Câmara, a reforma do Temer não consegue votar”, frisou.
    O senador eleito afirmou que o atual governo “já não tinha condição de votar o projeto que era ruim e usou a intervenção federal como motivo para não votá-la”. Ele se refere ao fato de que, com a intervenção federal na área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, não se pode votar emendas constitucionais no Congresso.
Olimpio disse que não há divergências entre a parte econômica que assessora Bolsonaro e aliados da ala política do presidenciável do PSL. Destacou que o candidato a presidente está no comando e a decisão é sempre dele.
“Está absolutamente harmonizado. Não tem absolutamente nenhum ruído”, afirmou.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Eleições 2018: o que os candidatos pensam sobre o futuro da Previdência

Postulantes ao Planalto nas eleições de outubro se manifestaram sobre a situação do sistema de aposentadorias e possibilidade de reformá-lo

Eleições 2018: o que os candidatos pensam sobre o futuro da Previdência

A Favor do fim das aposentadorias

Alvaro Dias (Podemos)

É a favor de uma reforma na Previdência, mas argumenta que, antes, o governo precisará promover um grande esforço de transparência sobre o déficit e os custos do sistema.

Geraldo Alckmin (PSDB)

Defende uma reforma concentrada no fim dos privilégios do setor público, com a adoção de um sistema igual para todos os setores baseado em um teto geral e em regime de capitalização. Quem quiser se aposentar com um valor acima do teto público (que hoje é de 5.645 reais), poderá, pagando um valor complementar, fiel apoiador de Temer cogita votar em seu primeiro ano de mandato

Henrique Meirelles (MDB)

Diz que a Reforma da Previdência é inevitável, sob pena de inviabilizar o funcionamento do estado. Ele defendeu a proposta do governo, argumentando que seriam afetados os que ganham mais e se aposentam mais cedo.

João Amoêdo (Novo)

É a favor de reformar a Previdência e considera o atual sistema inviável. Para ele, não basta ajustar os benefícios e privilégios concedidos aos servidores públicos e militares.

Jair Bolsonaro (PSL)

Diz ser contra a proposta de reforma apresentada pelo governo, por ela ser “grande demais”. O pré-candidato do PSL afirmou que estuda a questão e cogita propor mudanças graduais nas aposentadorias, inclusive negocia com Temer a Reforma ainda esse ano em caso de vitória

José Maria Eymael (DC)

É a favor de uma reforma da Previdência, como forma de combater o déficit no sistema de aposentadorias.
CONTRA o fim das aposentadorias

Fernando Haddad (PT)

Rejeita a proposta de uma reforma da Previdência. Entende que o déficit pode ser superado a partir do combate à sonegação e da retomada da economia, com incentivo à formalização do trabalho.

Guilherme Boulos (PSOL)

É contra a proposta feita pelo governo Golpista. Defende a corte de privilégios do funcionalismo e a cobrança de dívidas de grandes empresas com o INSS.

João Goulart Filho (PPL)

É contra uma reforma. Defende a cobrança de empresas devedoras como estratégia para contornar o déficit.

Vera Lúcia (PSTU)

É contra qualquer reforma no regime de Previdência Social.

 Com posição intermediária 

Ciro Gomes (PDT)

Acredita que a proposta do governo Golpista aumenta a cobrança sobre os mais pobres sem resolver o problema. A sugestão de Ciro é adotar um novo modelo de aposentadorias, baseado em capitalização. Sua proposta é o de contas individuais: o mesmo valor pago na ativa, somado aos rendimentos financeiros, é o que sustentaria a aposentadoria.

Marina Silva (Rede)

Diz que o déficit na Previdência é inegável. Argumenta que o diálogo tem que ser feito com toda a sociedade e não apenas com a elite econômica, mas ainda não apresentou um modelo que defenderia se eleita.
Da Veja

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Em caso de vitória de Bolsonaro Reforma da Previdência pode ser retomada no final do governo Temer

Apesar das negativas oficiais, integrantes da campanha de Jair Bolsonaro admitem tentar votar a reforma da Previdência ainda neste ano num cenário de vitória do candidato do PSL na eleição presidencial. O Blog apurou que interlocutores de Bolsonaro já trataram desse tema com o auxiliares do governo Michel Temer.
Em caso de vitória de Bolsonaro Reforma da Previdência pode ser retomada no final do governo Temer

De forma pragmática, um integrante da campanha do candidato do PSL argumentou que seria muito melhor aprovar o texto da reforma da Previdência ainda neste ano por dois motivos: tranquilizaria o mercado e evitaria um desgaste de negociação com o novo Congresso no início de um eventual novo governo.
“Votar a reforma da Previdência esse ano daria tranquilidade para os primeiros meses de governo”, disse ao Blog esse integrante da campanha. Apesar da sinalização positiva, o tema não será colocado durante a campanha para evitar uma agenda impopular nesse momento.
No Palácio do Planalto, há disposição do governo em ajudar na aprovação do texto da reforma da Previdência, ou pelo menos, avançar na tramitação na Câmara dos Deputados.
O próprio presidente Michel Temer já sinalizou que daria prioridade ao tema nos dois últimos meses de seu governo. Ele gostaria de deixar esse legado. Mas que, para isso, precisaria de uma solicitação do presidente eleito.
A percepção no Planalto é de que haveria disposição de avançar na reforma da Previdência com a eventual eleição de Bolsonaro ou do tucano Geraldo Alckmin. Mas que haveria resistência num cenário de vitória de Fernando Haddad (PT) ou Ciro Gomes (PDT).
Fonte: G1 via saobentoemfoco

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Temer avalia cortar R$ 1.000.000.000,00 em investimentos em saúde, educação e aposentadorias para reajustar salário de juízes

Michel temer e Sergio Moro em evento do Exercito
Temer dando aumento a juízes para perseguir adversários políticos
Michel temer e Sergio Moro em evento do Exercito  Temer dando aumento a juízes para perseguir adversários políticos
Reportagem de Mariana Carneiro e Julio Wiziack na Folha de S.Paulo informa que, para agradar aos juízes e conceder o reajuste de 16,38%, o presidente Michel Temer cogita cortar mais R$ 1,1 bilhão de investimentos, deixando para o próximo governo o mais baixo patamar de recursos para essa rubrica dos últimos dez anos. 
Vejam também Dilma caiu porque vetou aumento abusivo de 78% para judiciário em 2015

De acordo com a publicação, no início de agosto, o STF (Supremo Tribunal Federal) incluiu no Orçamento de 2019 um aumento salarial que elevaria o teto do Judiciário de R$ 33,7 mil para mais de R$ 39 mil. O reajuste, porém, será válido apenas se Temer fizer uma emenda na lei orçamentária determinando de onde sairão recursos.
Estimativas de técnicos da Câmara dos Deputados indicam que o Orçamento do próximo ano, que será enviado ao Congresso nesta sexta-feira (31), deverá cortar investimentos para acomodar o pleito de juízes e procuradores, completa a Folha.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Temer corta R$ 10 bilhões de aposentadorias por invalidez, auxílio-doença e Bolsa Família


Temer  e Alckmin tramando contra o povo

Governo Temer (MDB/SP) a partir de 2016 cancelou benefícios de 5,7 milhões de pessoas: 5,2 milhões do Bolsa Família e 478 mil de auxílios-doença e aposentadoria por invalidez.
A despesa total com esses três programas no ano passado foi de R$ 107,4 bilhões.
Em muitos casos, cruzamentos de dados não bastam para identificar benefícios irregulares: as verificações precisam ser feitas pessoalmente, com a visita de peritos.

Vejam Também dinheiro para mídia atacar os desafetos do governo não falta : Globo recebe R$ 36,1 milhões de Temer dos R$ 110 milhões com propaganda da reforma da Previdência dinheiro público que Daria para pagar 115 mil aposentados ou para construir 78 unidades de pronto-atendimento de saúde ou31 escolas
Geraldo Alckmin promete atacar as aposentadorias em primeiro ano de mandato

Mas, mesmo assim, o pente fino do governo tem a expectativa de encontrar outros R$ 20 bilhões em benefícios irregulares até 2020, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.
O levantamento está a cargo do Cmap (Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas). Até o momento, além de aposentadoria por invalidez, Bolsa Família e auxílio-doença, o comitê tem avaliações em andamento também do Fies (Financiamento Estudantil), do seguro defeso (espécie de seguro desemprego temporário do pescador artesanal) e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Leia mais na Folha via Revista Forum

sábado, 28 de abril de 2018

R$ 110.000.000,00 gastos com propaganda da reforma da Previdência dariam para pagar 115 mil aposentados

Daria para pagar 115 mil aposentados com o benefício mínimo da Previdência, ou para construir 78 unidades de pronto-atendimento de saúde, ou, ainda, erguer 31 escolas. Essas são algumas das destinações que poderiam ter tido os R$ 110 milhões que o governo Michel Temer gastou com propaganda da reforma da Previdência, cuja votação naufragou na Câmara devido à falta de votos para aprovar a proposta de emenda à Constituição. O dinheiro foi gasto entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2018.
Os dados foram obtidos pelo Congresso em Foco por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Um terço de todo o montante foi direcionado à TV Globo. Foram R$ 36,1 milhões por meio do CNPJ da matriz e de quatro filiais. Para a rádio e a TV Record foram pagos R$ 12,3 milhões. O SBT ficou com R$ 9,9 milhões. Rádio e TV Band (incluindo filiais em Campinas e na Bahia), por sua vez, receberam R$ 1,9 milhão. Juntas, as quatro emissoras ficaram com R$ 60,3 milhões, ou seja, 90% dos R$ 66,9 milhões destinados a todas as TVs.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) afirma que escolheu veículos conforme a Instrução Normativa Secom nº 7, de 19 de dezembro 2014. As normas são diferentes para cada tipo de mídia, estabelecendo a utilização de pesquisas de audiência para definir quais emissoras e programas veicularão a propaganda na TV.


Para as emissoras de rádio, caso não haja pesquisa de audiência, o requisito é o cadastro de veículos da Secom, o Midiacad. O cadastro e a cobertura geográfica são requisitos para mídias externas (ao ar livre). Já para veículos online, os critérios são as pesquisas de audiência, perfil do público e segmento editorial. O Congresso em Foco recebeu, ao todo, R$ 24.457,03, divididos em três pagamentos em julho, setembro e dezembro de 2017.
Veja, nos gráficos abaixo, como o dinheiro foi distribuído.