quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ENTIDADES ESPALHAM 100 OUTDOORS DENUNCIANDO DEPUTADOS DO RS FAVORÁVEIS À REFORMA DA PREVIDÊNCIA Alceu Moreira (MDB), Darcísio Perondi (MDB), Jones Martins (MDB), José Fogaça (MDB), Mauro Pereira (MDB), Osmar Terra (MDB), Ronaldo Nogueira (PTB), Renato Molling (PP) e Yeda Crusius (PSDB)


A CUT-RS, federações e sindicatos aproveitaram o feriado de Carnaval para espalhar 100 outdoors em Porto Alegre e no interior do Rio Grande do Sul denunciando nove deputados federais que já manifestaram favoravelmente à reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer (MDB); cada cartaz, que ficará exposto ao longo de duas semanas, exibe fotos de três parlamentares e traz as chamadas “Eles querem acabar com a sua aposentadoria” e “Não à reforma da Previdência”
ENTIDADES ESPALHAM 100 OUTDOORS DENUNCIANDO DEPUTADOS DO RS FAVORÁVEIS À REFORMA Alceu Moreira (MDB), Darcísio Perondi (MDB), Jones Martins (MDB), José Fogaça (MDB), Mauro Pereira (MDB), Osmar Terra (MDB), Ronaldo Nogueira (PTB), Renato Molling (PP) e Yeda Crusius (PSDB)
ENTIDADES ESPALHAM 100 OUTDOORS DENUNCIANDO DEPUTADOS DO RS FAVORÁVEIS À REFORMA Alceu Moreira (MDB), Darcísio Perondi (MDB), Jones Martins (MDB), José Fogaça (MDB), Mauro Pereira (MDB), Osmar Terra (MDB), Ronaldo Nogueira (PTB), Renato Molling (PP) e Yeda Crusius (PSDB)
A CUT-RS, federações e sindicatos aproveitaram o feriado de Carnaval para espalhar 100 outdoors em Porto Alegre e no interior do Rio Grande do Sul denunciando nove deputados federais que já manifestaram favoravelmente à reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer (MDB). Cada cartaz, que ficará exposto ao longo de duas semanas, exibe fotos de três parlamentares e traz as chamadas “Eles querem acabar com a sua aposentadoria” e “Não à reforma da Previdência”.
Os deputados que são “denunciados” na campanha são: Alceu Moreira (MDB), Darcísio Perondi (MDB), Jones Martins (MDB), José Fogaça (MDB), Mauro Pereira (MDB), Osmar Terra (MDB), Ronaldo Nogueira (PTB), Renato Molling (PP) e Yeda Crusius (PSDB).
“Estamos mostrando para a sociedade a cara dos deputados da base aliada do golpista Temer que têm se manifestado a favor dessa antirreforma da Previdência, os que querem acabar com o direito à aposentadoria”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Ele argumenta que, na visão das entidades, a reforma visa desmontar a previdência pública para beneficiar banqueiros e donos de previdência privada. “Não podemos permitir que seja tirado da classe trabalhadora, especialmente dos pobres, o direito de se aposentar e de ter uma velhice com dignidade”, destaca.
Nespolo ainda enfatiza que a Previdência não tem déficit, como foi apontado na CPI do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS). “Essa antirreforma também não acaba com privilégios, como mente a propaganda milionária do golpista Temer”, alerta. “A Previdência é superavitária”, ressalta. “Queremos que essa antirreforma não seja votada, mas, se for, vamos marcar na paleta cada deputado favorável e o denunciaremos nas suas bases eleitorais, para que não seja reeleito em outubro. Se votar, não volta”, conclui.
A campanha tem o apoio do CPERS Sindicato, Federação dos Metalúrgicos, Federação dos Trabalhadores no Ensino Privado, Federação dos Trabalhadores na Alimentação, Federação dos Trabalhadores na Saúde, Federação Democrática dos Sapateiros, Sindicato dos Petroleiros, Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Sindiágua, Sindipolo, Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Sindicato dos Rodoviários de Canoas.
Fonte 247

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Cinco corruptos que querem acabar com a sua aposentadoria

Cinco corruptos que querem acabar com a sua aposentadoria Temer,rodrigo maia, marum, Arhur Maia e Aecio neves

O governo Temer corre para aprovar a reforma da Previdência. Enquanto a televisão passa a campanha em defesa da destruição da aposentadoria pública, ao custo de R$ 100 milhões, no Congresso Nacional o governo parte para todo tipo de negociata para comprar os deputados e os votos necessários para a aprovação da reforma.
As cifras são variadas. O último levantamento realizado pela imprensa dá conta de que Temer já comprometeu nada menos que R$ 43 bilhões em medidas como liberação de emendas, renegociação de dívidas e repasses para estados e munícipios. Isso só o que está sendo feito à luz do dia, certamente por debaixo dos panos multiplicam-se as malas de dinheiro para que o governo chegue aos 308 votos que precisa para aprovar a PEC 287.
E nesse trabalho subterrâneo para costurar cada voto, Temer se cerca de um punhado de corruptos que, assim como ele, carrega uma folha corrida de crimes e escândalos. São destaques entre os 238 deputados e senadores que são investigados hoje por algum tipo de crime.
Veja abaixo os principais corruptos que querem tirar a sua aposentadoria.
Michel Temer
Sergio Moro sorri para Temer, que poderá ser julgado por ele se perder a presidência

O vice da presidenta Dilma Rousseff carrega o estigma de ser o primeiro mandatário denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os crimes denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) estão o de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa.
Os crimes de Temer não só são muitos como estão fartamente documentados, incluindo a já histórica gravação realizada pelo dono da JBS, Joesley Batista, em plena calada da noite no Palácio do Jaburu.
Pouco depois, o então secretário especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures foi flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil da JBS. Nesse dia 11 de dezembro Loures virou oficialmente reu por corrupção. Já Temer, como sabemos, se livrou das duas denúncias oferecidas pela PGR à base da compra de deputados. A mesma coisa que faz agora com a reforma da Previdência.
Rodrigo Maia
Rodrigo maia o botafogo da Odebrecht e o Juiz Sergio Moro que investiga só um partido

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ou “Botafogo” na lista da Odebrecht, vem se destacando pelo comprometimento em aprovar a reforma da Previdência.
Rodrigo Maia tem dois inquéritos pendurados no STF por conta da Lava Jato. Num deles é acusado de ter recebido R$ 350 mil da Odebrecht em 2008; em outro de receber R$ 600 mil em 2010 da mesma empresa.
Maia é ainda acusado pela Polícia Federal de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia que está parada no STF e no Ministério Público, ele recebeu dinheiro da empreiteira OAS em troca de favores nada republicanos. Rodrigo Maia e seu pai, César Maia, teriam recebido pelo menos R$ 1 milhão da construtora.
Quanto será que está levando agora?
Carlos Marun
Carlos Marun
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) está se tornando cada vez mais uma figurinha carimbada, sinônimo de tudo o que tem de mais podre e corrupto no Congresso Nacional. Ele foi recentemente nomeado ministro da Secretaria do Governo. É o sujeito que vai botar a “mão na massa”, para não dizer coisa pior, para aprovar a reforma.
Só para refrescar a memória, Carlos Marun é deputado que ficou ao lado de Eduardo Cunha até o último momento, dando um verdadeiro exemplo de fidelidade ao canalha que hoje está preso em Curitiba. Aliás, fidelidade que se manteve mesmo após a prisão, pois Marun foi flagrado utilizando verba oficial para visitar Cunha na cadeia no Natal passado.
Sem Cunha, Marun foi amarrar sua coleira aos pés de Temer. Nada mais óbvio, já que é de conhecimento público os esforços de Temer e do governo para manter o ex-presidente da Câmara quietinho. “Tem que manter isso, viu?”.
Marun é acusado ainda de participar de um esquema que desviou R$ 16,6 milhões quando era presidente da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab).
Carlos Marun ganhou mais fama recentemente ao protagonizar a “dancinha da corrupção” quando Temer se livrou da 2ª denúncia por corrupção na Câmara.

Arthur Maia
Arthur Maia
Relator da proposta de reforma da Previdência, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) aparece como “Tuca” na lista da Odebrecht. É suspeito de ter recebido pelo menos R$ 200 mil da empreiteira nas eleições de 2010. Garoto de recados de Temer e dos banqueiros, repete as mentiras de que a reforma não vai prejudicar os pobres e elegeu os servidores públicos como seu alvo.
Aécio Neves
Sergio Moro PSDB/PR e Aecio Neves PSDB/MG

Por incrível que possa parecer, o senador tucano que ninguém entende porque ainda está solto, foi chamado por Temer para ser o articulador na reforma no Senado.
Aécio Neves (PSDB-MG) coleciona nove inquéritos no STF (corrupção passiva e lavagem de dinheiro). Caiu em desgraça após ser gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista.
O STF determinou seu afastamento do cargo e recolhimento noturno, mas o Senado revogou essa decisão pouco depois. Agora, está livre e solto para acabar com a sua aposentadoria.
Do PSTU

sábado, 10 de fevereiro de 2018

AS CINCO DAS MENTIRAS DIVULGADAS POR TEMER NAS CAMPANHAS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Nos últimos meses, o governo tem investido muito dinheiro e esforço em propagandas pela aprovação da reforma da Previdência, com o objetivo de convencer a sociedade brasileira de sua necessidade e supostos benefícios; uma das mentiras é que a Reforma da Previdência vai "igualar as pessoas"; outra é de que a previdência "abocanha" orçamento e faz governo economizar em direitos; a terceira é o Rombo na Previdência; quarta é a de que "a população está sendo convencida da necessidade da reforma" e a última é que a aposentadoria rural não será mais prejudicada; reportagem do Brasil de Fato
Adriano Machado-Reuters AS CINCO DAS MENTIRAS DIVULGADAS POR TEMER NAS CAMPANHAS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Brasil de Fato - Nos últimos meses, o governo tem investido muito dinheiro e esforço em propagandas pela aprovação da reforma da Previdência, com o objetivo de convencer a sociedade brasileira de sua necessidade e supostos benefícios.

A Secretaria Especial Comunicação Social (Secom) do governo divulgou, neste mês, que já foram gastos mais de 103 milhões em campanhas publicitárias com esse intuito. Já o presidente golpista, Michel Temer (MDB), tem participado, ao longo do mês, de uma série de programas de televisão e entrevistas com o objetivo de defender a medida.
No entanto, o discurso utilizado tanto pelo presidente golpista quanto pela publicidade nas redes sociais e no site do Planalto, traz afirmações consideradas falsas por especialistas e militantes de movimentos populares que se opõem à reforma da Previdência. O Brasil de Fato entrou em contato com essas pessoas e buscou entender quais as principais críticas aos argumentos que têm sido apresentados.
Propagandas do governo espalham inverdades sobre a Seguridade Social no país
1 - A Reforma da Previdência vai "igualar as pessoas"
Uma das principais linhas discursivas do governo é a de que a reforma da Previdência trará maior igualdade social, uma vez que supostamente combateria os privilégios previdenciários dos mais ricos.
Uma série de imagens, trazendo fotografias de pessoas que representariam trabalhadores e frases como "o fim dos privilégios, ou fim das aposentadorias", estão sendo publicadas na internet pelo governo. Em um site oficial da reforma, criado pelo governo, é possível ainda encontrar a seguinte informação: "Os privilegiados estão espalhando boatos para manter os privilégios. (…) A nova lei para aposentadoria não retira direitos, pelo contrário: ela promove igualdade".
As afirmações dizem respeito ao fim de especificidades na aposentadoria do funcionalismo público. Com a reforma, as categorias só poderiam receber a integralidade da aposentadoria alcançando a idade mínima de 62 anos para mulheres, e 65 anos para homens. No entanto, o tom dado pelo governo, de que a diferença entre o regime geral e o regime público de aposentadoria é causa importante da injustiça social no país, é amplamente criticado.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, existem sim privilégios para categorias no funcionalismo público, mas as regras específicas da Previdência não faz parte deles.
"O governo fala como se todo trabalhador funcionário público recebesse salários abusivos, sendo que a grande maioria tem salários baixos. Essa aposentadoria diferenciada vem para proteger os trabalhadores para que ele venha prestar serviço de qualidade para o Estado, para atender corretamente a população. Não é uma mordomia. Ele dá a impressão que todo mundo que trabalha em um posto do INSS é marajá, e não é, como parte do Ministério Público que recebe auxílio moradia mesmo tendo moradia. Essa é a diferenciação que temos que fazer", apontou.
Vagner destaca ainda o impacto dos “privilégios” concedidos à iniciativa privada, quando não há a tributação correta da Previdência dos trabalhadores. "O empresariado sonega e não paga. Você tem uma lista de empresas devedoras da Previdência enorme, outras são sonegadoras, que não repassam para a Previdência o que descontam dos trabalhadores. Por isso, a CUT sempre fala que uma reforma da Previdência é realmente necessária, mas o que estão fazendo não tem nada a ver com isso", afirmou.
2 - Previdência "abocanha" orçamento e faz governo economizar em direitos
A ideia de que a Previdência é um dos maiores "gastos" do governo e de que isso está por trás da falta de orçamento para áreas sociais também vem sendo amplamente divulgada por Temer. "Além de criar um grupo de privilegiados, isso faz a Previdência abocanhar a maior parte do orçamento, impedindo o governo de aumentar os investimentos em educação, segurança, saúde e em outras áreas também importantes para a vida do brasileiro", diz o site oficial da reforma.
Em entrevista ao Programa de Silvio Santos no final de janeiro, Temer afirmou que caso não haja a reforma, o Brasil vai sofrer os mesmos cortes de orçamento que vitimou países como a Grécia. Para o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), Floriano Martins de Sá Neto, a conta divulgada pelo governo não atende os procedimentos determinados pela Constituição Federal.
"A campanha que o governo vem utilizando é mentirosa. O governo faz um terrorismo para justificar a reforma, que vem no sentido de diminuição de direitos, dizendo que a Previdência está quebrada, mas ela não está quebrada, não está falida", afirmou.
De acordo com de Sá, a forma como o governo calcula os gastos com a Previdência considera também outros dois pontos do tripé da Seguridade Social: a assistência social e a área da saúde. Paralelamente, as contas não incluem parte das arrecadações de outras fontes orçamentárias que deveriam ser revertidas para o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), como o Cofins, contribuição calculada sobre a receita bruta das empresas.
Em paralelo, para Vagner Freitas, a ideia de que o governo investiria o dinheiro economizado com a Previdência em áreas sociais também é mentirosa, tendo em vista o congelamento dos investimentos pelos próximos vinte anos aprovado pelo governo Temer no final de 2016.
"Se quisessem investir em saúde e educação, não teriam estabelecido um teto de investimento do Estado nesses setores que são os mais importantes. Quando esse governo faz o planejamento dos recursos da união, ele já deixa claro que não tem como prioridade a saúde e educação a partir do momento que trata como gasto e não como investimento", disse.
3 - Rombo na Previdência
A justificativa principal do governo para a reforma da Previdência é um suposto rombo que se aproximaria dos R$ 300 bilhões. De acordo com o site oficial do governo, o déficit na Previdência já representa 9,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e, com o envelhecimento da população, se acentua anualmente.
De acordo com a professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Esther Dweck, que escreveu um artigo ao Brasil de Fato sobre o tema, o discurso sobre o déficit é "falacioso".
"O regime geral de previdência social (RGPS) e os benefícios assistenciais têm reconhecido efeito distributivo e de garantia de uma renda estável, ao longo de toda a vida, para grande parte da população brasileira. A Previdência se encontra relativamente equilibrada. Enquanto a economia cresce, as receitas da seguridade cresciam mais do que as despesas, principalmente entre 2006 e 2013", afirmou.
Em relação ao envelhecimento da população, Dweck destaca: "Até 2030, o Brasil estará vivendo o chamado “boom demográfico” com a menor razão de dependência, a população em idade ativa será muito superior à população de crianças e idosos, o que não demandaria qualquer alteração durante esse período por questões demográficas".
De acordo com os dados da Anfip divulgados em 2015 sobre a Seguridade Social, somando-se às despesas de benefícios previdenciários as contribuições previdenciárias, que tem boa parte de suas receitas não contabilizadas nos dados divulgados pelo governo, temos um saldo superavitário de R$ 11 bilhões.
4 - Aposentadoria rural não será mais prejudicada
Um dos temas mais polêmicos do antigo projeto de reforma da Previdência era o fim das especificidades da aposentadoria rural. Os trabalhadores rurais têm uma redução de cinco anos na idade mínima de suas aposentadorias, devido aos riscos e características próprias da profissão.
No site da reforma da Previdência, o governo garante que o novo texto, de relatoria do deputado Arthur Maia (PPS-BA), mantém os direitos dos trabalhadores rurais. "A nova lei para aposentadoria tem como um de seus pontos mais essenciais a proteção para quem trabalha na agricultura e na pecuária", diz o site.
Para o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro, no entanto, os direitos dos trabalhadores rurais continuam ameaçados, mesmo com a manutenção da aposentadoria rural na reforma. "Os camponeses são uma parte dessa classe trabalhadora, mas os filhos dos camponeses, a juventude que hoje estuda, vai para muitas outras categorias. Então a juventude das pessoas, seja do campo ou da cidade, estará completamente comprometido se essa reforma passar", afirmou.
O dirigente completa ainda que o MST continuará mobilizado contra a reforma, também em apoio às demais categorias afetadas. "A questão que está colocada é que a reforma da Previdência interessa ao capital financeiro, que tem empresas de Previdência privada, para usar os recursos do povo brasileiro em benefício próprio. Então não se trata de uma categoria específica, é uma luta da classe trabalhadora, derrotar a reforma da Previdência é fundamental para a garantia de direitos da população brasileira", afirmou.
5 - "A população está sendo convencida da necessidade da reforma"
Houve diversas tentativas de votar a reforma da Previdência ao longo de 2017, que acabaram sendo adiadas pelo governo por conta da baixa popularidade do tema. Em entrevista ao programa da jornalista Mariana Godoy, realizada nesta segunda-feira (5), no entanto, Temer destacou que acredita que a reforma da Previdência será aprovada, pois está ocorrendo um "convencimento popular da invencibilidade da Reforma", e de sua necessidade.
As afirmações do presidente não condizem com as pesquisas de opinião realizadas ao longo do ano. Em maio de 2017, uma sondagem divulgada pelo Datafolha mostrou que 7 em cada 10 brasileiros se diziam contrários à reforma. Já em dezembro de 2017, um levantamento realizado pela empresa MindMiners mostrou que 68,7% das pessoas eram contrárias à versão atualizada da reforma, e 18,8% não souberam opinar.
Em paralelo, a popularidade do governo Temer continua a mais baixa da história do país, tendo alcançado 3% de aprovação em setembro de 2017, de acordo com a pesquisa do CNI-Ibope. Já um levantamento do grupo Eurasia, especializado em análise de risco para investidores, colocou o emedebista como campeão em rejeição entre os líderes do mundo todo, com apenas 7% de aprovação.
DO Brasil 247

APOSENTADORIAS Paim desmente Temer: 'Previdência tem superávit'


Intuito do governo Temer com a reforma da Previdência é privilegiar o sistema financeiro, diz Paim


Senador que presidiu CPI reafirma que é a sonegação e a inadimplência das grandes empresas que causam desequilíbrios, enquanto o governo tenta passar a conta para o trabalhador
São Paulo – Em transmissão ao vivo pela página do PT no Senado no Facebook, na manhã desta terça (6), o senador Paulo Paim (RS) disse acreditar que a reforma da Previdência não será aprovada pelo Congresso. Ele reforçou conclusões do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apontou não haver o alegado déficit no sistema de aposentadorias, argumento utilizado pelo governo para justificar a necessidade de alterar as regras de aposentadoria.
Segundo Paim, que presidiu a CPI, o que desequilibra as contas da Previdência são os incontáveis programas de refinanciamento (Refis) proposto pelo governo, que incentiva a inadimplência, em especial, dos grandes devedores – bancos, frigoríficas e montadoras.
"Em vez de cobrar fiscalizar, combater a sonegação, a corrupção, e o desvio de dinheiro, eles querem mais uma vez passar a conta para o trabalhador", afirmou o senador. Ele também defendeu a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que impeça a utilização de recursos da Seguridade Social (que inclui a Previdência) para outros fins, expediente aplicado atualmente conhecido como Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permite remanejar até 20% dessas receitas.
Segundo ele, pondo fim à DRU e aos Refis, e combatendo a sonegação, o sistema previdenciário tem condições de registrar superávits por décadas consecutivas, podendo arrecadar mais de R$ 2,5 trilhões.
Desfeito o argumento do desequilíbrio estrutural, o que sobra, segundo Paim, é o esforço do governo em privilegiar o sistema financeiro, pois o enfraquecimento do sistema público de aposentadorias representaria a possibilidade de ampliação de mercado para os fundos de previdência privada.
O senador afirmou, ainda, que o governo mente ao dizer que o país não conta hoje com uma idade mínima para as aposentadorias. Segundo o parlamentar, a fórmula 85/95 progressiva, aprovada em 2015 durante o governo Dilma, estabelece 30 anos de contribuição e 55 anos de idade mínima para as mulheres e 35 de contribuição com 60 anos de idade mínima, para os homens.
Confira o vídeo:

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Achilles Frias: fim da Previdência é moeda de troca do governo Temer

Achilles Frias: fim da Previdência é moeda de troca do governo Temer

Após beneficiar grandes empresários com o perdão de suas dívidas e renunciar a bilhões de reais, o Governo Federal cede à pressão das agências internacionais de risco e usa a reforma da Previdência como moeda de troca para que a nota do país não seja rebaixada. A denúncia foi feita durante debate na CPI da Previdência, em 6 de fevereiro, no Senado Federal, pelo procurador da Fazenda Nacional Achilles Frias, presidente do SINPROFAZ (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional), em 6 de fevereiro de 2018
 Veja o conteúdo completo antes que o Youtube apague

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

DEPUTADO IVAN VALENTE PUBLICA FOTO COM JOSE SERRA PISANDO EM ASSINATURAS CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) afirmou no Twitter que o senador José Serra (PSDB-SP) pisoteou as assinaturas de um abaixo-assinado contra a reforma da previdência; "Entregamos um abaixo-assinado contra a #ReformaDaPrevidencia na primeira Sessão do Congresso Nacional de 2018. Foram mais de 320 mil assinaturas pisoteadas pelo senador José Serra", escreveu o parlamentar

DEPUTADO IVAN VALENTE PUBLICA FOTO COM JOSE SERRA PISANDO EM ASSINATURAS CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

SP 247 – O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) disse no Twitter que o senador José Serra (PSDB-SP) pisoteou as assinaturas de um abaixo-assinado contra a reforma da previdência.
"Entregamos um abaixo-assinado contra a #ReformaDaPrevidencia na primeira Sessão do Congresso Nacional de 2018. Foram mais de 320 mil assinaturas pisoteadas pelo senador José Serra", escreveu o parlamentar.
Também pelo Twitter, o Psol na Câmara também bateu duro no tucano e no governo de Michel Temer. Segundo a legenda, a foto de Serra pisando no abaixo-assinado é "um retrato sintomático do quanto a base governista (não) se importa com o que o povo pensa".

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Marchinha de carnaval da Reforma da Previdência Vota, mas não volta

Seu deputado, seu senador
tome cuidado olha a revolta,
pois se votar na reforma do Temer
Vota, mas não volta

Seu deputado, seu senador
tome cuidado olha a revolta,
pois se votar na reforma do Temer
Vota, mas não volta

Respeite o aposentado
Valorize o servidor
Não entre nessa cilada
reforma do Temer já esta bichada

Seu deputado, seu senador
tome cuidado olha a revolta,
pois se votar na reforma do Temer
Vota, mas não volta

sábado, 3 de fevereiro de 2018

“MENTIRA PURA!”: DESMONTANDO ARGUMENTOS DO GOVERNO SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Logo Previdencia Social INSS “MENTIRA PURA!”: DESMONTANDO ARGUMENTOS DO GOVERNO SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

“Tem muita gente falando muitas mentiras a respeito da Previdência”, alerta logo de início o vídeo “Minuto da Previdência” produzido pelo governo federal. Publicado no canal do YouTube “Portal Brasil” no dia 13 de abril e replicado em canais de televisão desde então, o vídeo afirma que uma das falácias disseminadas seria a necessidade de trabalhar 49 anos para ter aposentadoria integral. “Mentira pura!”, afirma categoricamente a apresentadora. Cinco dias depois, no entanto, um documento produzido pela equipe do deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma, propunha a redução dos tais 49 anos para 40 anos. O vídeo — e o constrangimento — permanece no ar.
Com inspiração na peça produzida pelo governo, The Intercept Brasil elencou 10 argumentos usados pelo governo para defender a proposta de Reforma da Previdência apresentada por ele e convidou a professora Denise Lobato Gentil, do departamento Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, especializada em Macroeconomia e Economia do Setor Público, para comentar cada um. Os argumentos foram todos tirados de discursos e entrevistas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

1_ “Sem reforma, gasto previdenciário vai a 17,2% do PIB em 2060”

Para fazer uma projeção segura, é necessário trabalhar com uma margem de erro, e não tratar os números com determinismo, como faz o ministro. A professora cita o exemplo do Banco Central estipulando a inflação prevista para um ano: “Ele diz ‘vai estar entre…’ e aí estabelece um intervalo de confiança. Se acerta naquele intervalo, está cumprindo a meta”. Já a proposta da Reforma da Previdência não faz isso: o ministro dá um número com exatidão até nos décimos.
Previsões econômicas também costumam apresentar, pelo menos, três “cenários possíveis”. Isso é feito para se abranger possibilidades de crises ou de melhoras no plano econômico. O governo trabalha com apenas uma possibilidade.

2_ “Estados ficam insustentáveis sem uma reforma”

A especialista afirma que é necessário investigar a raiz do problema em cada estado e que o “discurso oficial” — todos estão endividados por questões previdenciárias — joga a culpa sobre quem não foi responsável pelos problemas.
Ela cita como exemplo o Rio de Janeiro, que considera o mais encrencado: “Dizer que o estado está quebrado é de fato uma platitude, se você não disser quem causou”. E explica que o maior problema foi o Fundo de Previdência dos Servidores Públicos ter sido “desfalcado” pelo governo Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
Duas saídas estratégicas sugeridas para a crise do Rio foram a suspensão da dívida do estado com a União e a revisão de desonerações concedidas em impostos, como o ICMS e o IPVA.

3_ “Outros países tiveram que tomar atitudes dramáticas porque esperaram por muitos anos”

Em países europeus existe uma idade mínima e uma idade de referência: “A mínima é aquela em que um europeu pode se aposentar sem ganhar a aposentadoria integral, com 57, 58 ou 59 anos. A idade de referência que é 65 anos”. O governo brasileiro quer “tomar atitudes” ainda mais “dramáticas”, elevando a idade mínima aos patamares daquela usada como referência em outros países.
Muitos também estão revendo as regras de aposentadoria escritas depois de 2008, mas para diminuir as exigências. Na França, os dois candidatos que foram para o segundo turno falam em rever o tempo de contribuição exigido. No Japão, ele foi reduzido de 25 para 10 anos recentemente.
Por último, Lobato lembra que a presidente do FMI, Christine Lagarde chamou a atenção do ministro Henrique Meirelles em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial. Após uma apresentação de Meirelles sobre o ajuste fiscal e a Reforma da Previdência, Lagarde afirmou que a prioridade deveria ser combater as desigualdades sociais e alfinetou: “Não sei por que as pessoas não escutaram (que a desigualdade é nociva), mas, certamente, os economistas se revoltaram e disseram que não era problema deles”.

4_ “É fundamental para a recuperação da economia em 2017”

No curto prazo, a maior possibilidade, segundo a professora, é que a reforma agrave a situação da Previdência, “porque a gente já sabe que, ao anunciar a Reforma da Previdência, houve uma corrida às aposentadorias”. Ela ressalta que os aportes em previdências privadas aumentaram em 2016 e que devem continuar a subir em 2017.
No longo prazo, Lobato explica que a reforma vai desestimular o recolhimento do benefício, porque as pessoas acharão que não conseguirão contribuir o suficiente para se aposentar e, por considerar que nunca alcançarão os requisitos, vão desistir de contribuir: “Elas vão preferir contribuir com um plano privado. Aliás, esse é o projeto: estimular os fundos privados de aposentadoria”.
Outro fator que puxa a receita da previdência para baixo, no curto prazo, é o desemprego. Foram encerrados 1.3 milhão de postos de trabalho em 2016 e, em janeiro e fevereiro, os índices continuaram aumentando. Com a perda de empregos, a receita tende a cair. No longo prazo, a Lei de Terceirização pode complicar ainda mais esse cenário, com a transformação de muitos trabalhadores em Microempreendedores Individuais (MEI), que contribuem menos para a Previdência.

5_ “Não vai prejudicar o trabalho com menor renda”

Em primeiro lugar, a nova aposentadoria não desprezará mais, no cálculo do valor a ser pago, os 25% da contribuição referente aos menores salários do trabalhador. Será feito com base na média do valor total contribuído. Isso significa incluir o período em que o trabalhador recebia um salário baixo e, portanto, puxa a média para baixo.
Para o trabalhador com menor renda, porém, a situação é ainda mais perigosa porque, em geral, são trabalhadores informais. A professora lembra que a taxa de informalidade no Brasil é superior a 40%: “você tem aí muita gente que sequer receberá um benefício previdenciário. O governo não fez nenhuma reforma para incluí-los, o que já é um equívoco”.

6_ “Preservam o ajuste fiscal e beneficiam os mais pobres”

A juventude do nordeste e da periferia das grandes cidades será a mais afetada e mais empobrecida. A expectativa de vida dos homens do nordeste e do norte é muito mais baixa do que no sudeste, em muitas cidades das duas regiões, não chega aos 65 anos. Quando o governo exige uma idade mínima de 65 anos, “ele tá dizendo para uma grande parte da população brasileira pobre que ela não se aposentará”.

7_ “Ele [trabalhador mais pobre] já tende a se aposentar por idade”

Segundo a professora, a frase está correta, mas deve ser relativizada. Grande parte das pessoas mais pobres se aposenta por idade porque não consegue comprovar 15 anos de contribuição. Ela aponta, no entanto, que muitos continuam trabalhando na informalidade, recebendo paralelamente aposentadorias equivalentes a um salário mínimo.

8_ “As mulheres mais jovens já estão com remuneração igual à dos homens. A tendência obviamente é que em 20 anos isso estará igualado. Então nós teremos um mercado de trabalho igualitário”

Dados do IBGE indicam o contrário. Na Pnad de 2015, mulheres em cargos de chefia ou direção recebiam 68% do que era pago aos homens na mesma posição. E o pior: o índice apresentado é inferior ao registrado dez anos antes: em 2005, a remuneração das mulheres no alto escalão equivalia a 71% do que era pago aos homens.
De acordo com um estudo do Fórum Econômico Mundial publicado em novembro, a igualdade salarial entre os gêneros no mundo só será alcançada daqui a 169 anos.
A professora ressalta que as mulheres negras recebem menos de 40% do salário médio de um homem branco e, as brancas, 70% do salário de um homem branco.
Ela lembra que 64% das aposentadorias por idade são de mulheres. E explica que elas não conseguem comprovar os 30 anos de contribuição necessários para se aposentarem por tempo de contribuição. Lobato lembra que os índices de participação das mulheres no mercado formal ainda é muito baixo. Isso é o que dificulta a comprovação da contribuição.

9_ “Esse argumento falacioso [de que não existe rombo] usa todas as receitas vinculadas à seguridade social e Previdência para cobrir somente despesas com a Previdência, o que gera um superávit de R$ 100,1 bilhões”

Lobato é uma dos vinte especialistas reunidos para escrever o livro “A Previdência Social em 2060: As inconsistências do modelo de projeção atuarial do governo brasileiro”, que desmontou o modelo de cálculo utilizado para estruturar a proposta de Reforma da Previdência.
Ela explica que a base do trabalho é a Constituição Federal de 1988. Segundo a Carta, a seguridade social garante um Sistema Único de Saúde universal, benefícios assistenciais para aqueles que não conseguem contribuir e uma previdência digna, que não pode ser inferior ao salário mínimo, para aqueles que não conseguem retornar ao mercado de trabalho. “A conta que você faz é pegar todas as receitas que estão asseguradas na Constituição Federal como vinculadas à seguridade social e colocá-las a serviço das despesas da seguridade social”, ensina a professora.
Além desta conta, Lobato lembra que há, ainda, os desvios feitos com base na Lei de Desvinculação de Receitas da União (DRU). Ela explica que o governo Michel Temer, em julho de 2016, aumentou o percentual de desvinculação de receitas da União — dinheiro desviado do fundo previdenciário para outros fins — de 20% para 30%.
“E há também um enorme espaço para combate aos devedores da dívida ativa”, conta Lobato. Ela cita um estudo da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que mostra que R$ 100 bilhões são de recuperabilidade fácil. A economista lembra que estima-se que as sonegações por parte das grandes empresas representem 27% da receita da previdência. “É uma coisa assombrosa, o governo de um lado desonera de forma estratosférica: R$ 283 bilhões por ano é o valor da desoneração no Brasil. Não persegue os devedores e ainda quer fazer um ajuste fiscal pelo lado do gasto, ou seja, nas costas da população mais pobre”.

10_ “O mais importante é que cada um tenha a certeza de que vai receber aposentadoria.”

Lobato faz parte de um grupo de economistas, matemáticos, engenheiros e analistas que estão fazendo uma avaliação criteriosa sobre o novo modelo de cálculo apresentado pelo governo. Segundo os resultados mais recentes das simulações feitas a partir dos dados entregues pelo próprio governo — de acordo com os valores previstos para a inflação e o salário mínimo, por exemplo —, o poder de compra da aposentadoria irá cair:
“As curvas do poder de compra dessas aposentadorias são todas decrescentes, conforme os próprios cálculos do governo. Há uma queda na renda dos aposentados prevista no modelo atuarial do governo. É um modelo de empobrecimento.”
Fonte: theintercept